Postado em terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Escócia se torna primeiro país no mundo a fornecer de graça produtos para o período menstrual

Segundo dados, 27% das mulheres no Reino Unido não têm condições de comprar produtos sanitários


Existe esperança! Menstruação, apesar de ser algo natural e fundamental para o sagrado feminino, infelizmente ainda retém muito do preconceito enraizado em nossa sociedade arcaica e conservadorista. Entretanto, a evolução, por mais que demorada e penosa que seja, é algo inerente de nossa linha do tempo.
 
Desse modo, recentemente, uma noticia fez com que mulheres ao redor do globo comemorassem em uníssono: O parlamento escocês votou por unanimidade, na última terça-feira (24), pela aprovação de um projeto de lei que faz com que produtos para o periodo menstrual sejam fornecidos gratuitamente para a população em locais públicos - assim colocando o país na posição de primeiro do mundo a dar tal passo.

O projeto impõe uma obrigação legal à todos os 32 conselhos da Escócia, que agora necessitam garantir que itens como absorventes internos e absorventes higiênicos sejam gratuitos para qualquer pessoa que deles precisar.
 
Escolas, faculdades e universidades também devem disponibilizar gratuitamente em seus banheiros uma variedade de tais produtos. Além disso, o governo também terá o poder de fazer com que outras instituições públicas forneçam os itens de higiene sem custos.
 
Em tempo, o assunto é um dos tópicos que mais carecem de atenção ao redor do mundo como um todo, já que se trata de uma discussão sobre saúde pública e desenvolvimento sustentável. Muitas mulheres não possuem condições suficientes para arcar com os custos de seu próprio periodo menstrual todos os meses, logo tornando-se carentes de necessidades básicas, um direito de todos. 
 
Assim como apontou uma pesquisa da Young Scot, cerca de uma, em cada quatro entrevistadas em escolas, faculdades ou universidades na Escócia já tiveram dificuldade para acessar tais produtos de higiene pessoal. Em uma segunda perspectiva, um outro estudo mais amplo, realizado em todo o Reino Unido, descobriu que 27% das mulheres na Grã-Bretanha afirmaram que estavam em situação de pobreza extrema e não tinham condições de comprar produtos sanitários. A pobreza pode fazer com que meninas e mulheres faltem à escola ou ao trabalho devido ao constrangimento de não poder pagar pela proteção diária.
 
Monica Lennon, politica integrante do Parlamento Escocês, faz campanha pelo fim da carência menstrual desde 2016 e é a responsavel por aparesentar o projeto de lei. Ela descreveu o fornecimento de produtos menstruais gratuitos como “a etapa final em nossa jornada legislativa pela dignidade envolta da menstruação”.
 
No Brasil, a deputada Tabata Amaral apresentou projeto de lei na Câmara dos Deputados para garantir a distribuição gratuita de absorventes biodegradáveis em espaços públicos.
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Vogue



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