Postado em quarta-feira, 1 de julho de 2020 às 06:06

A educação naufragou

Grande discussão a partir de agora são os rumos da educação no país; país já tem novo ministro da pasta


A grande discussão a partir de agora são os rumos da educação no país. O novo ministro da Educação precisa dar um rumo à educação, ou seja, sem rumo, os Estados e municípios estão fazendo o que querem com os alunos. A rede privada pressiona os governantes para a retomada das aulas para, assim, poderem cobrar as mensalidades sem desconto.

As redes públicas municipais, estaduais e federal nem sequer conseguem atingir os alunos de baixa renda com o ensino remoto. Cada escola age de uma forma. As aulas remotas nem de longe preparam os alunos para o aprendizado. A educação no Brasil é uma das últimas colocadas no ranking Pisa. O exame Pisa abrange as três áreas do conhecimento, mas a cada edição há um destaque especial para uma delas, sendo que também são incluídas novas competências no escopo das áreas do conhecimento.

As próximas edições, previstas para 2021 e 2024, serão centradas, respectivamente, em matemática e ciências. Desde sua primeira participação no exame, o Brasil ocupa as últimas posições no ranking mundial da educação, que é formado a partir do resultado da aplicação do teste. Os resultados não foram animadores: leitura, 61ª posição; ciências, 65ª posição; matemática, 67ª posição; e ranking geral, 68ª posição, com uma média de 377 pontos. A média total de todos os países que prestaram o exame em 2015 ficou em 490 pontos, o que é ainda muito superior à nota brasileira.

A tendência é que o país caia ainda mais no ranking nos próximos anos, pois não vislumbramos nenhuma mudança significativa no setor. Pelo contrário, com a pandemia, ficamos muito mais vulneráveis e mostramos ao mundo a ineficiência do ensino no país, seja ele público ou privado. No público, os professores são mal preparados e têm um dos salários mais baixos do planeta. No privado, as grandes redes de ensino se tornaram um negócio econômico e há muito tempo deixaram de ser redes de ensino.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: O Tempo



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