Prefeitura e Câmara preparam ações para o Dia Internacional da Mulher

Da Redação

Duas ações distintas estão sendo preparadas para comemoração do Dia Internacional da Mulher na sexta-feira, 8 de março. Um será realizada pela Câmara Municipal no período da tarde e outra pela Prefeitura de Alfenas no decorrer do dia, na Praça Getúlio Vargas.

De acordo com a assessoria da Prefeitura, a partir das 8 horas haverá, na Praça Getúlio Vargas, uma concentração contra a violência doméstica e a violação dos direitos humanos, como parte das ações do mês de março. Esse ano com a campanha foi batizada com o nome “Quem ama não machuca”.

Durante todo o dia estão previstas atividades como yoga, roda de conversa, saúde bucal, entre outras ações. O local contará com a presença da Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica (PPVD) para divulgação do trabalho realizado junto ao Centro de Referência Especializado no Atendimento às Mulheres (CREAM) de Alfenas, bem como, esclarecimentos sobre a Lei Maria da Penha.

Também haverá panfletagem, exposição de fotos de mulheres, distribuição de materiais informativos sobre os serviços existentes na rede de proteção e os tipos de violência, além de orientações jurídicas por voluntários da 21ª subseção da OAB/MG (Ordem dos Advogados do Brasil/Minas Gerais).

Rede de enfrentamento

A intenção, segundo o governo, é informar sobre a Rede de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres e incentivar as mulheres a denunciar qualquer tipo de violência sofrida. O encerramento será uma Noite Cultural Musical com apresentação de artistas mulheres.

O evento, organizado pela Prefeitura, alertará a população sobre os casos de feminicídio em Minas Gerais divulgados pelo 12º Anuário de Segurança Pública. Minas lidera com o maior número de vítimas por feminicídio. Dos 1.133 casos registrados no país, Minas concentra 145 deles.

Na Câmara

Na Câmara Municipal, a vereadora Kátia Goyatá (PDT) mediará o debate “Um olhar crítico sobre feminicídio” que tem início às 14h. A primeira a abordar temas de interesse da mulher será a socióloga Daniela Rosa, que falará sobre a discriminação racial. Em seguida, o promotor de Justiça, Frederico Carvalho de Araújo, discutirá sobre feminicídio.

A programação segue com a cabo da PM Cristiane Mendes e o tenente Cláudio, que falarão sobre o trabalho da patrulha de prevenção à violência doméstico. O mercado de trabalho para as mulheres e saúde da mulher também estão na pauta.

Feminicídio

É o assassinato de uma mulher pela condição de ser mulher. Em 2015, a Lei do Feminicídio (Lei nº 13.104/15) juntou-se à Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06) na construção do empoderamento das mulheres em conjunto com as políticas públicas criadas para prevenir e punir atentados, agressões e maus-tratos. As alterações trazidas pela Lei do Feminicídio imputaram mais severidade nas penas para crimes praticados nos casos de violência doméstica e familiar e de menosprezo ou discriminação à condição de mulher.